Watson não deu chances para gênios em programa de perguntas e respostas; agora, ele será usado para fazer diagnósticos |
SÃO PAULO - O supercomputador da IBM, Watson, bateu ontem dois concorrentes humanos em um programa de perguntas e respostas da TV americana.
Após uma série de três episódios, o Watson superou Ken Jennings e Brad Rutter no “Jeopardy”. A máquina acumulou 77 mil dólares, contra 24 mil dólares e 21,6 mil dólares, respectivamente, de seus competidores.
Aproveitando o momento, a IBM anunciou ontem uma parceria com as Universidades de Columbia e de Maryland para desenvolver uma ferramenta de diagnósticos e sugestão de tratamentos a partir do supercomputador. De acordo com o comunicado, o novo sistema deve entrar em testes no próximo ano.
Para desenvolver a capacidade de interpretar a linguagem humana, 200 milhões de páginas de livros foram inseridas nos servidores do Watson. Por meio de uma ferramenta de algoritmo, ele interpreta a pergunta e busca a resposta em seus arquivos.
Segundo o engenheiro e gerente de produtos da IBM, Anibal Strianes, o grande desafio do Watson é interpretar a linguagem humana e devolver a resposta em um curto espaço de tempo. Para isso, ele utiliza um algoritmo chamado de DeepQ. “São vários servidores que processam a informação de forma massiva e paralela”, explica Strianes.
Para o “Jeopardy”, o DeepO combinou mais de 100 técnicas diferentes para analisar a linguagem natural, identificar fontes, gerar hipóteses e encontrar provas e respostas.
Em relação ao hardware, o supercomputador soma dez racks, com um total de 90 servidores, 2 880 cores e 16 Tb de memória. No total, 30 milhões de dólares foram investidos no desenvolvimento da máquina.
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