Virtualização de sistemas móveis desafia as equipes de TI.


A consumerização impulsiona o mercado de virtualização de tablets e outros dispositivos móveis, exigindo conhecimentos robustos de programação de baixo nível.


CIO / EUA

Publicada em 01 de março de 2011 às 07h19


 

Apesar de uma oferta extensa de equipamentos e de soluções para impulsionar a virtualização de sistemas desktop, o segmento não decolou como previam fornecedores e analistas.

Já a tendência de trazer o próprio PC, normalmente em um formato portátil, originou o mercado de virtualização de dispositivos móveis.

Uma pesquisa realizada pela empresa de telefonia Mitel, revelou que 90% dos entrevistados esperam contar com tal virtualização em um futuro próximo.

Segundo levantamento da Frost & Sullivan, dos mais de 18 milhões de tablets comercializados até hoje, apenas 5% foram integrados ao ambiente corporativo. Estimativas dão conta de que esse número vai subir até a casa dos 30% até 2015.

Para Ian Song, analista do grupo IDC, o número real de soluções viáveis para virtualização de dispositivos móveis é superado pelo barulho causado pelos dispositivos móveis nas empresas. Ou seja, há escassez de soluções.

“Virtualizar sistemas em dispositivos móveis requer conhecimentos robustos em programação de baixo nível (linguagem de máquina), em função da miríade de hardware e software”, explica. Song diz que definir a plataforma, como a VMware fez ao decidir-se pelo Android, reduz um pouco os desafios, diante das várias distribuições diferentes do sistema da Google, mas não resolve.

VMware e Citrix já desenvolvem soluções para atender a demanda por virtualização de dispositivos móveis. Essa é a única semelhança entre as duas rivais, já que as estratégias diferem em muitos pontos.

Por parte da VMware, a plataforma escolhida foi uma variante do Hypervisor II, sistema desenvolvido para rodar em cima de outro sistema operacional presente no dispositivo e capaz de suportar várias instâncias de aplicativos nos smartphones. O sistema deve, ainda, oferecer suporte a vários perfis de usuário, o que oferece ao colaborador o recurso de trabalhar como usuário doméstico ou como funcionário.

A VMware decidiu trabalhar em parceria com os diferentes fabricantes e espera deles que embutam o suporte à sua solução nos aparelhos. Por enquanto, a plataforma escolhida foi a Android, da Google.

Dispositivos com poder de processamento menor podem funcionar de maneira otimizada se rodarem a versão I do Hypervisor. Mas, para adaptar o sistema aos recursos desses dispositivos, é necessária uma boa dose de investimento na programação.

Desde que deu início às operações para atender o mercado de virtualização de dispositivos móveis, a Citrix entendeu o recado e decidiu abordar o mercado com base nesse raciocínio. De acordo com o CTO da empresa, Simon Crosby, a empresa tem despachado clientes hypervisor em sua linha de receptores desde abril de 2010. Os planos são de manter esse procedimento.

A organização comprometeu estrutura para o desenvolvimento e mobilizou recursos suficientes para realizar sua estratégia em longo prazo. Outra tática na estratégia da Citrix é entregar os receptores sempre que um dispositivo novo surgir.

Seguindo Song, tais medidas não bastam para sanar o problema da falta de hardware e de firmware padrão.

“O Android é open source o que faz dele uma plataforma relativamente fácil de virtualizar”, diz. “O problema maior será a hora em que houver arquiteturas menos abertas. Aliás, nem sei se é legal virtualizar o sistema IOS da Apple em nível de hardware. Em termos de software, pode esquecer . A Apple não vai abrir as portas para abrigar outros sistemas”.


( Kevin Fogarty)

REF: http://cio.uol.com.br/tecnologia/2011/02/28/virtualizacao-de-sistemas-desafia-as-equipes-de-ti/

Postar um comentário

Comente sem faltar com respeito - ;-)

Postagem Anterior Próxima Postagem