Os últimos anos têm sido particularmente difÃceis para a Microsoft, que vê o modelo de venda de licença de software – leia-se vendas de Windows e Office – declinar sem conseguir tornar-se lÃder em nenhum dos novos negócios em tecnologia, como redes sociais e o lucrativo mercado de smartphones.
O fundo do poço para a Microsoft foi a micada adesão do Windows Vista, um sistema operacional que só deixou saudades entre linuxistas e usuários de Mac, que ganharam participação de mercado com o escorregão da gigante.
As coisas começaram a mudar para melhor quando, para sorte de Steve Ballmer, Jerry Young, fundador do Yahoo!, fez fracassar a insana tentativa de compra do serviço de buscas por US$ 44 bilhões. O que seria um grande fracasso no currÃculo de Ballmer foi sua sorte grande.
Com a grave crise financeira global de 2008, o valor do Yahoo! derreteu e uma associação entre Microsoft e Yahoo! saiu muito mais em conta para a MS. Somando Bing e Yahoo!, a Microsoft detém quase 30% do mercado de buscas americano. Nada mal para quem não tinha sequer 10% desse setor há apenas 4 anos.
Outra negociação incrÃvel foi o investimento que Ballmer fez no Facebook ainda em 2007. Na época, colocar US$ 240 milhões na rede de Zuckerberg parecia um grande desperdÃcio de dinheiro e, diziam os analistas, só seria lucrativo se o Facebook um dia valesse US$ 16 bilhões. Hoje, o Face vale US$ 60 bilhões.
Este ano, nós assistimos a dois grandes passos da companhia fundada por Bill Gates, a parceria com a Nokia e, agora, a compra do Skype. A turma que gosta de chamar a companhia de Ballmer de M$ já prevê nesses acordos a derrocada de Skype e Nokia. Temo ques se desapontem.
Ao lado da maior fabricante de celulares do mundo, a Microsoft terá uma base incrÃvel para colocar o Windows Phone para competir de verdade em 2012 com Android e iPhone. Nessa corrida, o Skype dará uma grande força. Só nos celulares com Windows o Skype funcionará com todos seus recursos de gratuidade. Nas demais plataformas ele deve ter versões espartanas.
É provável que a Microsoft nunca mais ocupe o protagonismo que teve no inÃcio dos anos 90, com o Windows monopolizando (em todos os sentidos) o mercado de computação pessoal, mas certamente a companhia não será engolida em buscas e dispositivos móveis.
Ao custo de alguns bilhões de dólares que queimou em parcerias e aquisições nos últimos dois anos, a Microsoft promete uma reação espetacular em 2012. A conferir.
Fonte: INFO